Percepção do estigma em pacientes de hanseníase: implicações na gestão de saúde em Colinas, Maranhão, Brasil.

Autores

DOI:

https://doi.org/10.53660/1508.prw3034

Palavras-chave:

Estigma, Hanseníase, Participação social, Depressão, Apoio social

Resumo

Objetivo: Verificar as percepções e impactos do estigma em pacientes de hanseníase em Colinas Maranhão. Métodos: Estudo de caráter descritivo e quantitativo, em pacientes diagnosticados com Hanseníase desde 2016 a 2021, cadastrados na Estratégia de Saúde da Família. Instrumentos utilizados: Questionário Sociodemográfico, Escala de Participação do Paciente Hansênico, Escala de Estigma para pessoas acometidas pela hanseníase (EMIC-AP) e Questionário de Saúde do Paciente (PHQ-9). Resultados: 57,5% são homens com predominância da faixa etária de 70 anos ou mais. 58% destes foram classificados com algum nível de restrição social. 50% preferem evitar que as pessoas saibam sobre seu estado de saúde. Da mesma forma, 50% deles sente que a lepra pode gerar problemas para a vida social dos filhos ou familiares e 60% decidiu se afastar do trabalho ou de grupos sociais. Cerca de 53% apresentam depressão mínima a leve seguida por 48% para depressão moderadamente severa. Conclusão: O acompanhamento psicológico ao hanseniano deve ser realizado em todas as fases da doença, desde o diagnóstico até a alta.

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Publicado

2023-12-12

Como Citar

Batista, G. M. ., Cunha, S. M. da ., & Aliança, A. S. dos S. (2023). Percepção do estigma em pacientes de hanseníase: implicações na gestão de saúde em Colinas, Maranhão, Brasil. Peer Review, 5(26), 90–103. https://doi.org/10.53660/1508.prw3034

Edição

Seção

Artigos